A finalidade desta publicação é apresentar a
análise de dois textos literários de Eduardo Galeano (1940-2015) que recriam a
figura da Virgem de Guadalupe. Assim, examinamos como o escritor uruguaio
reconta esta história em suas crônicas, visando destacar como recriou os
aspectos religioso, político e cultural que envolvem o mito da suposta aparição
da Virgem de Guadalupe ao Índio Juan Diego no monte Tepeyac no ano de 1531. As crônicas escolhidas são: “1531 Ciudad del México – La Virgen de
Guadalupe”, incluída no livro Memoria del fuego (1982) e “Tonantzin se llama
Guadalupe”, parte de Los hijos de los días (2011). No primeiro capítulo
apresentamos um breve panorama sobre a história do México, abordando a
dominação, a escravização e a imposição da religião católica ao povo originário
e alguns aspectos da mestiçagem e do sincretismo religioso neste país. Também
sintetizamos a história do mito da Virgem de Guadalupe envolvendo o indígena
Juan Diego e discutimos a sua importância para a cultura mexicana. No segundo,
mostramos a presença da figura da virgem na literatura elencando as principais
obras que abordam a temática nos séculos XV e XVI e a biografia de Eduardo
Galeano, tecemos considerações sobre o gênero crônica e analisamos os dois
textos literários selecionados, destacando os aspectos anteriormente
mencionados. Como apoio teórico utilizamos Paz (1950), Fuentes (1992), Zires
(1994), Uslar Pietri (1990), Boff (2006), Galeano (1971) e Candido (1993),
entre outros. Com esta investigação concluímos que estudar a recriação do mito
guadalupano possibilita compreender melhor a história e a cultura do México
desde suas origens, pois a Virgem de Guadalupe tornou-se um dos elementos
fundamentais da identidade e da cultura mexicana.
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