Durante
a noite, mais que nunca sou dois, enquanto meu corpo tranquilo repousa em meu
leito, minha alma solitária vaga pelas esquinas frias e escuras da cidade.
Vou a procura de um anjo de luz que possa
me retirar das trevas da solidão e quem encontro é a desilusão de um ser
infeliz. Minha alma procura uma flor que com seu perfume exale perfeição e
encontro a seca gritando a dor da fome e da ingratidão.
Caminhos são percorridos, montanhas atravessadas,
mas nenhuma estrada me leva a felicidade esperada. Não sei se é o passado ou
presente que me incomoda, mas sei que é do futuro que tenho medo, medo de
permanecer cercado de pessoas, mas sozinho interiormente.
Na vida não tenho mais prazer, nem o
sexo nem o lazer me fazem compreender que na vida o gostoso é viver, para mim
agora morrer já não passa de um dever.
Sou a inquietude de muitos, mas tenho que isso
desfazer, para que a felicidade possa crescer dentro dos corações que um dia
magoei.
Para alguém sou rival, mas o que lhe
garante a vida é que não sou canibal e minhas únicas armas são o silencio e as
lagrimas do sentimento desigual que por mim sentem.
Por fim, sem bons resultados minha
alma ao corpo retorna, pois logo já se vem a aurora bela como uma rainha
vestida de ouro, pronta para aquecer o seu rei que em sua cama sonhava com a vitória
consagrada do seu eterno amor. Vem alma solitária o meu corpo completar, pois
mesmo quando somos dois, sozinho tu ainda me fazes estar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário