Dia
inteiro de chuva, frio e tedio. Fagundes como sempre sem muitas atividades e em
período de recesso junino o jeito é se conformar se ficar em casa. Eu teria
muitos motivos para estar radiante de felicidade, mas no fundo não estou bem,
pois me sinto como algo privado até demais, ao ponto de ser escondido ou até
mesmo nunca revelado, me sinto em segundo, terceiro ou quarto plano, como
alguém sem muito valor.
Tenho tanto medo de me decepcionar
adiante com as coisas que por ventura aconteça, não tenho eu culpa de ser
sonhador e pensar que meus sonhos são realidade, bem que eu gostaria de ver as
coisas como realmente são e não me iludir com a sedução da carne e os
sentimentos do coração. Para mim a cada dia que passa amar se torna mais
perigoso, pois temo que esse amor seja o motivo para minha depressão ou
tristeza perpetua. Fico em duvida, pois quando estou no extasse desse amor só
me sinto bem, mas quando o corpo se acalma e o calor ardente se afasta, logo me
vem uma insegurança/temor de perder a pessoa amada.
Todas as noites a desejo junto a mim,
mas vejo como algo tão distante, talvez até impossível, simplesmente pelo fato
de que ainda não me vejo como peça fundamental do seu quebra cabeça da sua
vida, da sua historia, tenho vontade de chorar, silenciar e me trancar, mas
tento fazer do meu cotidiano o mais normal possível, como se tudo estivesse
bem, na mais perfeita normalidade.
Costumo dizer que não me arrependo dos
meus atos, mas na verdade bem que eu gostaria de voltar o tempo e tentar fazer
um pouco diferente nas vezes em que me dei de mais, sem saber que iria me
envolver tanto. Por fim, afirmo sem medo que sou feliz, mesmo com tais
inquietações, mesmo ainda sendo portador de tal medo. Conto com o auxilio do
céu para que nada me separe do meu amor, mas se por ironia do destino não nada
de extraordinário aconteça, que seja eterno enquanto dure.
Um comentário:
Adorei esse texto!!
Como sempre lindo e inspirador!!
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