segunda-feira, 29 de junho de 2015

Caridade fingida

            É impressionante a tamanha comoção nacional causada pela morte trágica do cantor sertanejo Cristiano Araujo e de sua namorada Allana Moraes na manhã da última quarta-feira dia 24. Realmente é muito triste ver dois jovens perderem a vida inesperadamente, e de maneira violenta. Gostaria de poder chamar a atenção e convida-los a refletir um pouco sobre o nosso cotidiano e assim avaliar se nosso sentimento de caridade é realmente algo verdadeiro e permanente ou somente reflexo de uma “modinha” e euforia causada pela mídia de comunicação e social.
            Que fique bem claro para os fãs do cantor que não estou aqui para desmerecer em nada a sua personalidade, mas para manifestar sobretudo minha opinião sobre a reação das pessoas diante de um fato como esse. Durante esses últimos dias, tenho lido muitas postagens nas redes sociais, blogs, reportagens nos jornais escritos e televisivos, revistas entre outros, sobre a fatalidade ocorrida com Cristiano e sua namorada. Primeiro o espanto com a notícia do acidade, depois a comoção de sua morte e mais adiante, manifestações de carinho, demonstração de solidariedade e também a revolta sobre a divulgação de fotos e vídeos do cantor já morto, críticas a troca equivocada do sobrenome do artista, ou a maneira de algumas celebridades se manifestarem sobre o caso.

            Sei que é causa de muita tristeza para aqueles que acompanhavam sua carreira e curtiam suas músicas, afinal de agora em diante ele não produzirá mais, mas poderemos manter vivo todo o seu trabalho realizado em sua carreira artística. Mas me questiono e gostaria de que todos fizessem o mesmo, pois o que aconteceu com Cristiano e Allana, acontece todos os dias no Brasil e no mundo, não é um fato extraordinário, apenas aconteceu com uma pessoa de um nível maior de popularidade. Será que o luto, dor, tristeza e saudade manifestados em todo país é realmente sentimento ou apenas emoção passageira? São tantos os nossos irmãos e irmãs que todos os dias padecem por causa da violência, em leitos de hospitais, sem educação, com fome, enfermos e idosos em fase terminal... muitos deles talvez sejam nossos vizinhos, parente distante, um conhecido e nem sempre nos mostramos tão caridosos como fazemos com um acidente divulgado nacionalmente. As vezes esquecemos de querer bem aos que estão ao nosso lado e idolatramos aqueles que estão fora de nossa realidade. "Quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não enxerga".(1Jo 4,20), esse trecho bíblico nos diz que seriamos mentirosos e hipócritas em dizer que amamos Deus que não vemos se não amamos aqueles que nos rodeiam. Penso que esse versículo pode ser atualizado em nossa realidade e nos levar a refletir sobre nossas atitudes, como podemos nos comover tanto com um caso do outro lado do país e não somos capazes de nos comover com os sofrimentos dos que estão ao nosso lado, não sejamos superficiais e que nossa caridade não seja fingida, oxalá eu veja o mundo amando de verdade e experimentando a plenitude da fraternidade. Fiquem com Deus.

terça-feira, 16 de junho de 2015

A desordem de uma tradicional festa

Meus queridos leitores, acredito que seja de suma importância manifestar nossa opinião sobre os mais diversos assuntos de nosso cotidiano, não somente como critica vaga e sem fundamentos, mas para poder ajudar a melhorar o meio social em que vivemos.
Quero falar sobre a tradicional festa de Santo Antônio, que anualmente acontece em nosso município, mas vamos iniciar com duas questões, é realmente uma festa? É realmente tradição? Há muitos anos que milhares de pessoas vem a Fagundes para visitar a famosa Pedra de Santo Antonio, e nos domingos próximos ao dia 13 de junho (dia do santo) torna-se mais intenso o número de romeiros que pisam esse chão em busca de milagres, casamentos e ou somente para passear. Mas ao questionar sobre festa e tradição, quero provocar no povo fagundense e principalmente ao poder público uma reflexão sobre como temos vivido a cultura de nosso povo.
É esperado ao passar do tempo, com ajuda de tecnologias, mão de obras qualificada, pessoas com experiências particulares e outras que cada vez mais a nossa manifestação cultural tenha êxito na sua realização, mas ao contrário, estamos vendo ano após ano a nossa “tradicional festa” regredir, não existe uma programação que verdadeiramente acolha os nossos visitantes, não temos um trabalho de incentivo ao comercio local, faltam espaços e momentos de lazer para os filhos da cidade da fé e para os visitantes, organização zero no percurso até o ponto turístico, pondo em risco a vida de todos os que desejam fazer a sua visita. No último domingo presenciamos uma verdadeira desordem no trânsito de Fagundes e principalmente na estrada que leva à Padra de Santo Antonio, carros, motos, vans, ônibus, cada um fazia como bem queriam, depois de algumas reclamações alguns funcionários da prefeitura tentaram fazer um bloqueio, mas os “amigos” continuavam a transitar da mesma forma.
Fico preocupado, pois temos nove representantes, que chamamos de vereadores, que na verdade não nos representam, a peregrinação até a Pedra de Santo Antônio é um evento nacionalmente conhecido, até mesmo com repercussão internacional e estamos tratando essa nossa riqueza cultural de forma banal, acredito que aqueles que vem a Fagundes com a intenção religiosa poderá quem sabe um dia voltar, mas quem nos busca como turismo, dificilmente voltará, pois vendo uma vez não tem mais nada para ver, já que nada melhora. Encontramos ao longo do caminho, buracos na estrada, em alguns trechos existia uma pequena “calçada” que até serviam para os pedestres, hoje estar totalmente destruída e os transeuntes tem que disputar espaço com os automóveis, lixo em todos os lugares, não temos nada de sinalização, na pedra de Santo Antonio temos uma “favela” com inúmeras construções irregulares e que tapam a visam da bela paisagem. São vários os problemas, mas infelizmente aqueles que deveriam nos representar não se preocupam com o bem estar do município e sim só e somente só com suas alianças políticas e quanto isso lhe poderá render.
Quero continuar acreditando que o amanhã nos trará coisas boas e espero que nossa tradição, estampada no brasão da cidade não acabe por falta do amor de seus filhos. Obrigado pela atenção, abraço e fiquem com Deus.
  




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