domingo, 31 de março de 2019

2ª ESTAÇÃO – JESUS CARREGA A CRUZ.


Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

“Então eles tomaram a Jesus. E ele saiu carregando sua cruz e chegou ao chamado “Lugar da Caveira” – em hebraico chamado Gólgota.” (Jo 19, 17).

O mestre carrega em seus ombros uma pesada cruz, esse é o peso dos nossos pecados. Comtemplando o Cristo sofredor que caminha, devemos também nós seguir seus passos e seu exemplo, não podemos ficar parados como se nada estivesse acontecendo. É necessário seguir atrás de Jesus, carregando nossas cruzes sem murmurações, porém entregando todas nossas inquietações em expiação dos nossos pecados e dos pecados de toda humanidade. Quais são as nossas cruzes? Qual é o peso que nos inquieta na caminhada? Não é possível seguir Jesus sem levar nossas cruzes, ele mesmo já disse isso: “Quem quiser me seguir renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. ” (Mt 16, 24). A cruz para nós não deve ser sinal de desgraça ou maldição, ela serve como caminho para a santidade. O Papa Francisco nos diz que “ a cruz não representa uma tragédia sem esperança, mas o lugar onde Jesus mostra sua gloria e deixa amorosamente suas últimas vontades.” ( L’Osservatore Romano).
Oremos para que a exemplo do Cristo sofredor saibamos também nos carregar nossas cruzes diárias sem murmurações e para que nosso sacrifício seja agradável ao Bom Deus que nos ama e nos perdoa de nossas faltas.



- Alison Aroldo -

1ª ESTAÇÃO – JESUS É CONDENADO A MORTE.


Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos.
Porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

“Pilatos procurava libertá-lo. Mas os judeus gritavam: “ Se soltas esse homem não és amigo de Cesar! Todo aquele que se faz rei opõe-se a Cesar!” Ouvindo tais palavras, Pilatos levou Jesus para fora, fê-lo sentar-se no tribunal, no lugar chamado pavimento, em hebraico Gábata. Era dia da preparação da Páscoa, perto da sexta hora. Disse Pilatos aos judeus: “Eis o vosso rei!” Eles gritaram: “À morte! À morte! Crucifica-o!” Disse-lhes Pilatos: “Crucificarei vosso rei?” Os chefes dos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei a não ser Cesar!” Então Pilatos o entregou para ser crucificado.” (Jo 19, 12-16).

“ (Pilatos)Vendo que nada conseguiria, mas ao contrário, a desordem  aumentava, pegou água e lavando as mãos na presença da multidão, disse: “Estou inocente desse sangue. A responsabilidade é vossa”. ” (Mt 27, 24)

Mesmo sendo Deus Jesus se submeteu a lei dos homens e foi condenado. Ele carregou sobre si o peso dos nossos pecados para que todos nós pudéssemos participar da sua obra redentora. Ao comtemplar o início desse doloroso caminho, também devemos recordar de tantos irmãos e irmãos que ainda hoje são condenados, recordamos daqueles que são penalizados pela lei da sociedade, pois suas transgressões são sinais que que andam longe de Deus. Também lembramos daqueles que são condenados a morte por causa de doenças, fome, violência... Jesus continua sendo condenado todos os dias no irmão que sofre. Qual deve ser nossa atitude diante dessas situações? Será que nos comportamos igual a Pilatos  e pensamos está inocentes do sangue e do sofrimento dos que vivem a miséria humana? É preciso saber comtemplar Jesus Servo sofredor naqueles que padecem por causa das mazelas do pecado e da sociedade injusta e egoísta.
Oremos para que possamos abrir nosso coração para a compaixão, e saibamos reconhecer naqueles que vivem “condenados” a face do Cristo flagelado. (Alison Aroldo)


terça-feira, 19 de março de 2019

AOS PÉS DE SÃO JOSÉ


Aos dezenove dias do mês de março de dois e dezoito na cidade de Queimadas – Paraíba, eu ingressei na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus, há exatamente um ano atrás, aos pés de São José, entreguei minha vida ao Sacratíssimo Coração para me tornar um operário da messe.
         Recordo com alegria a santa ansiedade que vivia naqueles dias, para mim regressar ao seminário era o meu maior desejo, em outrora já havia vivenciado a experiência da vida religiosa, mas por casualidades do destino interrompi minha formação para seguir outros caminhos, mas como diz o ditado popular, “o bom filho a casa retorna”.
         Na verdade o “rito de ingresso” no dia dezenove para mim não estava previsto, pois a missa de envio para o seminário só aconteceria no dia vinte em Fagundes - PB. Naquela segunda-feira dia 19 fui para Queimadas para acompanhar e participar da festa de São José e o ingresso do seminarista Wilson na etapa do Postulantado, e para minha surpresa os padres acharam por bem já realizar o meu ingresso naquela mesma solenidade. Minha resposta só podia ser uma, eis-me aqui Senhor!
         Meu coração ardia de felicidade e descobri naquele dia a riqueza de significados daquele momento. A figura de São José seria para mim um perfeito exemplo de santidade e serviço, ele que com fidelidade guardou a Virgem Maria e o Menino Jesus, deveria a partir de então me ensinar a guardar com amor todos aqueles que o Senhor iria me confiar.
         Diz um proverbio português que, recordar é viver, e hoje um ano depois, revivo aquele maravilhoso momento e novamente aos pés do glorioso patriarca São José renovo o meu compromisso de santidade e serviço como um bom operário da messe do Senhor.




 

        

domingo, 10 de março de 2019

VENCENDO AS TENTAÇÕES


        A Quaresma é um tempo santo do ano litúrgico que nos prepara para a mais solene das festas que é a Páscoa do Senhor. Para que possamos celebrar santamente o tríduo pascal e a Páscoa, nesse período quaresmal realizamos práticas penitenciais e buscamos renovar nosso espírito de fraternidade e misericórdia, sobretudo na prática da oração, jejum e caridade.

Durante esse período, muitas vezes nos sentimos mais tentados diante de nossa fraqueza humana, por isso, é necessário fortalecer nossa espiritualidade com oração e reflexão da palavra de Deus. Assim como nós, Jesus também foi tentado. No evangelho segundo São Lucas, capítulo 4 e versículos do 1 ao 13, vemos que nosso Senhor foi conduzido ao deserto pelo Espírito Santo para viver um retiro e durante esse tempo foi tentado. 

O primeiro passo para superar as tentações é deixar que o Espírito Santo conduza-nos, humanamente falando, não somos capazes de vencer o mal, é preciso que a graça divina nos acompanhe. “Ele era guiado pelo Espírito” (Lc 4, 1-13), Jesus suportou as tribulações do deserto porque estava cheio do Santo Espírito e nós só conseguiremos atravessar o deserto se abrirmos o nosso coração para que Deus realize sua obra santificadora.

O inimigo nos ataca principalmente quando estamos vulneráveis, tanta destruir nosso bom propósito e nos tirar do caminho da salvação. A oração e a meditação da palavra de Deus são fortes alimentos que nos sustentam e nos capacitam para lutar contra as forças contrárias da fé. À primeira vista, o pecado parece ser algo bom, é bonito, prazeroso e muitas vezes se disfarça de divino para nos enganar, em Lc 4, 10 percebemos que o diabo usa a Sagrada Escritura para tentar enganar Jesus, da mesma forma que diariamente muitos “demônios” tentam nos enganar com uma pseudo fé que não nos leva a Deus.

Jesus foi tentado nas principais fraquezas humanas: SER, TER e PODER. “Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão” (Lc 4, 3), nosso Senhor estava jejuando, mas sendo o Filho de Deus poderia saciar-se a qualquer momento, mas não quis que sua divindade interrompesse sua experiência como humano. Tantas vezes pensamos ser melhor do que os outros, por questões financeiras, acadêmicas, habilidades com isso ou com aquilo, ou simplesmente por causa do egocentrismo. O que somos não somos para nós ou por conta própria, mas por graça de Deus e para servir ao outro. Jesus também nos ensina que os bens materiais não são o mais importante, muitas vezes são necessários, todavia, mais importante é o que vem de Deus, afinal de contas “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4).

Na tentação do ter, somos pegos pela avareza e egoísmo, muitas vezes queremos possuir algo ou até mesmo alguém, custe o que custar, e para isso somos capazes de renunciar aos nossos princípios para ter sempre mais. Nos versículos 5 ao 8 do capítulo 4 do evangelho de Lucas, o tentador oferece a Jesus todos os reinos da terra, em troca ele deveria prostrar-se para adorá-lo, isso significa renunciar a Deus Pai para poder conseguir o que o maligno lhe oferecia. Todos os dias e de diversos modos somos tentados a renunciar a Deus para conseguir certas coisas, muitos renunciam ao Senhor para não serem taxados de antigos, beatos, alienados... o mundo moderno ensina que não precisamos de Deus e que a religião atrapalha nosso desenvolvimento e progresso. Outros renunciam a seus princípios e mergulham na corrupção buscando de forma ilícita enriquecer enquanto tantos irmãos necessitados sofrem, nesse caso renunciamos ao Deus do amor e da fraternidade para adorar ao deus do dinheiro. Não podemos esquecer que os poderes da terra são passageiros, mas só Deus é eterno, “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8,36), por isso “adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás.” (Lc 4, 8). 

Também somos tentados pela ilusão do poder. O diabo desafia o poder de Jesus (Lc 4, 9-13) para testar seu equilíbrio e fidelidade ao Pai. Muitas vezes usamos Deus como um fantoche e até duvidamos de sua onipotência quando Ele não atende as nossas vontades, em certas ocasiões o buscamos como se fosse o gênio da lâmpada que deve estar pronto para nos atender. Carregamos em nós a marca do pecado original e tantas vezes queremos ser como deuses (Gn 3, 5), esquecemos que nós é que estamos a serviço do Deus altíssimo e não Ele a nossa disposição, dizemos na oração do Pai nosso “seja feita a Vossa vontade” (Mt 6,10), por isso Jesus nos ensina sobretudo a amar ao Pai e consequentemente “não tentarás o Senhor teu Deus” (Lc 4, 12).  Essa tentação reflete também nas ações pessoais, quando nos sentimos todo-poderosos diante de nossos irmãos, quando pensamos ser donos da verdade e do poder e quando queremos sermos reconhecidos como onipotentes, quando cobramos do outro uma adoração por causa do que somos e temos, isso para satisfazer o nosso ego.

Percebemos que a luta para vencer as tentações não é fácil, mas não é impossível, Jesus superou as provações no deserto porque estava cheio do Espírito Santo e tinha intimidade com a Palavra de Deus, nós também podemos superar nossas fraquezas e limitações, basta ter fé, nos alimentar diariamente da oração e da palavra de Deus e abrir nosso coração para que do Coração de Jesus venha o Espírito Santo que nos guia, fortalece e santifica.

Deus nos abençoe sempre!

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