quinta-feira, 14 de junho de 2012

Alma solitária

Durante a noite, mais que nunca sou dois, enquanto meu corpo tranquilo repousa em meu leito, minha alma solitária vaga pelas esquinas frias e escuras da cidade.
            Vou a procura de um anjo de luz que possa me retirar das trevas da solidão e quem encontro é a desilusão de um ser infeliz. Minha alma procura uma flor que com seu perfume exale perfeição e encontro a seca gritando a dor da fome e da ingratidão.
            Caminhos são percorridos, montanhas atravessadas, mas nenhuma estrada me leva a felicidade esperada. Não sei se é o passado ou presente que me incomoda, mas sei que é do futuro que tenho medo, medo de permanecer cercado de pessoas, mas sozinho interiormente.
            Na vida não tenho mais prazer, nem o sexo nem o lazer me fazem compreender que na vida o gostoso é viver, para mim agora morrer já não passa de um dever.
             Sou a inquietude de muitos, mas tenho que isso desfazer, para que a felicidade possa crescer dentro dos corações que um dia magoei.
            Para alguém sou rival, mas o que lhe garante a vida é que não sou canibal e minhas únicas armas são o silencio e as lagrimas do sentimento desigual que por mim sentem.
            Por fim, sem bons resultados minha alma ao corpo retorna, pois logo já se vem a aurora bela como uma rainha vestida de ouro, pronta para aquecer o seu rei que em sua cama sonhava com a vitória consagrada do seu eterno amor. Vem alma solitária o meu corpo completar, pois mesmo quando somos dois, sozinho tu ainda me fazes estar.

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